Figueira de Castelo Rodrigo

Igreja de Santa Maria de Aguiar

Monumentos | Património
© C.M. Figueira de Castelo Rodrigo

Construído quando o território de Riba-Côa se encontrava na posse do reino leonês, para alguns autores, ou já sob a ordem portuguesa, para outros, o Mosteiro de Santa Maria de Aguiar data de meados do século XII, altura em que uma primitiva comunidade de monges beneditinos (ou de eremitas) aqui se instalou. Na década de 70 desse século, a comunidade abraçou a Ordem de Cister e deu-se então início à construção que hoje vemos.

Arquitetonicamente, previa um interior amplo, organizado em três naves, mas tal só aconteceu nos primeiros dois tramos. Provavelmente por falta de verbas, o plano foi drasticamente reduzido, embora se tenham mantido as dominantes essenciais de cunho cisterciense: linhas austeras e rígidas, ausência de decoração, sobriedade generalizada. Ainda assim, a qualidade e ambição do projeto inicial documenta-se em alguns aspetos construtivos, como a elevação à mesma altura da nave central e do transepto saliente.

A cabeceira é tripartida e escalonada, de planta retangular, com capela-mor de maior relevância em relação aos absidíolos. Do claustro, construído quase um século depois da igreja, resta a Sala do Capítulo, espaço quadrangular que denuncia já uma clara tendência para o naturalismo decorativo, característico da escultura arquitetónica do século XIV.  

No final da Idade Média, as doações régias e as de senhores da região diminuíram consideravelmente. Não obstante, Santa Maria de Aguiar manteve a posse de vastas terras, tanto em território nacional, como na parcela castelhana. A própria localização do mosteiro numa área raiana, demasiado sensível em tempos de guerra, conduziu a uma certa decadência da instituição, materializada, em 1459, na carta do abade D. Nuno Álvares ao Papa, dando conta do estado lastimável do mosteiro por essa altura.

Na época moderna, foram várias as obras efetuadas no conjunto. No século XVII, na sequência de um movimento reformista no seio da Ordem de Cister, o mosteiro foi objeto de algumas obras de atualização estética, como o novo retábulo, mandado executar em 1636. Cerca de vinte anos antes, aqui se fez sepultar Fr. Bernardo de Brito, cronista do Mosteiro de Alcobaça e um dos nomes principais da Monarquia Lusitana, o primeiro ensaio historiográfico português segundo alguns autores. Do século XVIII data o cadeiral de talha barroca, bem como alguns altares e respetivas imagens devocionais.

Fonte: DGPC

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