Programação da Cinemateca Portuguesa com SENA, SOPHIA e WEIMAR

Saber | Cinema
©Cinemateca Portuguesa
  • Data

    29.07.19

O mês de setembro dita a abertura da nova temporada de programação da Cinemateca Portuguesa, com dois eixos que relevam a proximidade dos universos de Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen com o cinema, e a efervescência da cinematografia alemã da República de Weimar entre as duas Guerras Mundiais.

Os Ciclos dedicados aos dois escritores e poetas, vultos maiores da cultura portuguesa cujos centenários de nascimento se assinalam em 2019, vão ser apresentados em momentos consecutivos, na primeira e segunda quinzena: “Jorge de Sena, Cendrada Luz” tem início no dia 2, com “Limelight / Luzes da Ribalta”, de Charles Chaplin (1952), realizador a quem Sena dedicou um dos seus mais entusiastas textos sobre cinema. Organizado em colaboração com a Comissão das Comemorações do Centenário de Sophia, “Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as Coisas se Vejam” começa no dia 16 com uma sessão que reúne “Sophia de Mello Breyner Andresen” de João César Monteiro (1969) e “O Construtor de Anjos” de Luís Noronha da Costa (1978). Evocando a cumplicidade de espírito entre Sena e Sophia, a passagem entre os dois Ciclos faz-se com a projeção de “Correspondências” (2016), em que Rita Azevedo Gomes parte do diálogo epistolar que mantiveram ao longo dos anos do exílio de Sena.

Intitulada “Luz e Espectros – O Cinema de Weimar 1919-1933”, a retrospetiva da “época de ouro” do cinema alemão do século XX, interrompida com a ascensão de Hitler ao poder, tem início marcado para 3 de setembro com “O Gabinete do Doutor Caligari” de Robert Wiene (1919), reunindo títulos canónicos e filmes de raras ou ainda nenhuma exibição em Portugal, dos quais constam restauros recentes. É uma retrospetiva que privilegia as visões expressionistas e os trabalhos que refletem a convulsão da sua realidade contemporânea. Boa parte do programa é composto por filmes mudos a mostrar em sessões acompanhadas ao piano por Bruno Daniel Schvetz, Filipe Raposo e João Paulo Esteves da Silva.

No mês de agosto, como habitualmente, não se realizam sessões na Cinemateca Portuguesa mantendo-se em funcionamento os restantes serviços.

 

Fonte: Cinemateca Portuguesa, IP

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