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A terceira sinfonia de Beethoven, conhecida como Heroica, é um marco fundamental da história da música, assinalando o fim da Era Clássica e o início do Romantismo.

A primeira apresentação pública da obra foi no Teatro an der Wien, a 7 de abril de 1805, com o compositor a dirigir. Viena ficou dividida sobre a Heroica: para uns, era a obra-prima de Beethoven; para outros, “uma busca de originalidade não conseguida”.

A partitura é uma referência na história da sinfonia por várias razões. Em proporções, desde logo, com um primeiro andamento quase tão longo como a maior parte das sinfonias clássicas. A abrangência emocional era também inédita, sendo particularmente relevante a Marcha Fúnebre que constitui o segundo andamento.

José Saramago escreveu sobre a obra no capítulo 3 de Clarabóia: “A música corria livremente no silêncio, e o silêncio recebia-a nos seus lábios mudos. O tempo passou. A sinfonia, como um rio que desce a montanha, alaga a superfície e se afunda no mar, acabou na profundidade do silêncio.”

Fonte: TNSC