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“Arturo Ui? Hoje? Aqui?” Bertolt Brecht escreveu A Resistível Ascensão de Arturo Ui (1941) no contexto da escalada do nazismo na Alemanha. O encenador Bruno Martins leva à cena esta parábola num tempo de degradação dos valores morais e do discurso político.
Brecht traça um paralelo entre as ascensões do protagonista ao mundo da máfia americana e de Hitler, a coberto da retórica e da alienação coletiva. “É precisamente pelas coisas sérias que a sátira se interessa”, dizia. As estratégias são antigas, os seus instrumentos diversificam-se. Nesta adaptação, Ui e o seu gangue são um espelho da violência, xenofobia e intolerância que infetam os nossos mundos físico e virtual.
A Ascensão de Arturo Ui revela-se pertinente face à atual reconfiguração do sistema político português. De forma subtil pergunta: e se toda a ação da peça acontecesse na nossa casa da democracia?
Fonte: TNSJ