Descobertas arqueológicas em Conimbriga

Saber | Património
  • Data

    28.09.18

A campanha de escavações arqueológicas levadas a cabo pelo Museu Monográfico de Conimbriga – Museu Nacional nas Ruínas da cidade romana terminou, com assinalável sucesso. Contando com equipas de voluntários que se desdobraram em dois períodos de trabalho, entre Julho e Setembro deste ano, as escavações fazem parte da atividade regular do Museu, e contaram com a colaboração do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da FLUC e integram-se num projeto que tem ainda envolvido a mesma Faculdade, nomeadamente através de estágios de alunos do Curso de Mestrado em Arqueologia.

As escavações permitiram estudar a arquitetura e determinar a data de utilização de um edifício que, no sector Nordeste da cidade, se sobrepôs ao Anfiteatro, entretanto demolido para construir a muralha do Baixo-Império. Sabia-se já que, neste edifício, construído na 2ª metade do séc. III d.C., foi, num momento posterior, instalado um forno, dedicado á metalurgia do cobre, e designadamente à produção de um tipo de objetos – armelas decoradas de asas de vasos – de que a cidade foi um dos principais centros produtores na Lusitânia.

As escavações de 2018 permitiram caracterizar a fase de destruição final do edifício, na segunda metade do séc. V, tendo recolhido um importante conjunto de materiais (cerâmicas importadas, vidros, etc.) entre os quais se conta um conjunto numismático do maior interesse, composto por cerca de uma dezena de moedas, entre as quais um belíssimo exemplar de um solidus de Teodósio (moeda em ouro) que é, individualmente considerado, um dos melhores achados numismáticos conhecidos na cidade.

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