Monumento nacional desde 1935, Freixo de Baixo permanece ainda hoje como símbolo maior do complexo monástico instituído pelo poder senhorial e tomado pela ordem dos cónegos regrantes de Santo Agostinho. Implantado junto a um curso de água, num fértil vale, o Mosteiro ainda hoje impressiona o visitante.
A persistência dos alicerces da primitiva galilé e de vestígios do primitivo claustro, juntamente com uma robusta torre sineira, dão a este conjunto uma monumentalidade pouco comum no panorama da arquitetura românica portuguesa.
A fachada é o elemento da primitiva igreja mais bem preservado. Reforçada por dois cunhais, apresenta um robusto portal cujas arquivoltas são decoradas com toros diédricos. Os capitéis ostentam animais afrontados, motivos fitomórficos e vegetalistas, e encanastrados semelhantes a São Pedro de Ferreira (Paços de Ferreira) e a Salvador de Paço de Sousa (Penafiel).
No interior da Igreja sobressai a pintura a fresco destacada, visível na parede sul da nave, ao lado do púlpito. Trata-se de uma cena da Epifania do Senhor, atribuída ao Mestre de 1510 que participou na execução das pinturas de Vila Verde e de Pombeiro (Felgueiras) e nas de São Nicolau (Marco de Canaveses).
Fonte: DRCN