A igreja de Algosinho é uma igreja com uma arquitetura românico bastante simplificada, possuindo um portal frontal sem decoração.
Na fachada, rematada por um pequeno campanário, ressalta uma rosácea com estrela de David. Os elementos decorativos mais emblemáticos concentram-se na cachorrada do templo. O seu interior revela uma grande rusticidade.
No adro desta igreja guardavam-se três estelas funerárias romanas, provenientes do termo da aldeia. Do conjunto de quatro estelas recolhidas em Algosinho, duas deram entrada no Museu das Terras de Miranda, onde integram o espólio desta unidade museológica.
Apesar da região periférica em que se localiza (no extremo ocidental de Trás-os-Montes e afastada dos principais caminhos de ligação Norte-Sul e Este-Oeste), o templo possui uma insuspeitada monumentalidade interior que, face às condicionantes histórico-geográficas, se torna difícil de explicar.
Sabemos que, em meados do século XII, os Templários detiveram uma importante parcela deste território, mas entregaram-na à coroa ainda antes de finalizar a centúria e, mais importante, antes de se iniciar a construção da atual igreja. Por outro lado, desconhecemos qual a importância de Algosinho neste processo, e ainda que ela tivesse um castelo (não se sabe exatamente desde quando) não a podemos relacionar diretamente com os Templários.
O templo atual deverá datar de uma época avançada do século XIII, senão mesmo do seguinte. Ele é um dos mais inequívocos exemplos de como, nas regiões setentrionais e periféricas do reino, o Românico ultrapassou, em muito, a vigência natural estilística, onde o Gótico só escassamente penetrou.
Fonte: DRCN