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Teatro Municipal Joaquim Benite
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Um homem casado esteve ausente bastante tempo. Quando regressa, o mundo que conhecia como seu foi-lhe arrebatado. Agora, é um estranho no que lhe era o mais familiar dos sítios. Depois de Remédio, do irlandês Enda Walsh, a que assistimos no último Festival de Almada, de novo uma encenação de António Simão para os Artistas Unidos — agora com VENTO FORTE, do autor norueguês Jon Olav Fosse (n. 1959), o mais importante dramaturgo norueguês desde Henrik Ibsen, e um dos dramaturgos mais representados no Mundo inteiro, laureado em 2023 com o Nobel da Literatura. VENTO FORTE é uma peça sobre o tempo, o amor, o ciúme, o medo das alturas e o desejo de morte, quase como num pesadelo. Um drama existencial sobre a inexorável passagem do tempo e o amor doloroso. São apenas três personagens: O Homem, A Mulher, O Jovem. Na sinopse da peça é-nos descrito que: “A Mulher quer que o Homem se vá embora. Ele não vai. O Homem quer que o Jovem se vá embora. Ele não vai. Os três estão num impasse. A possessividade do Homem é clara. A passividade da Mulher não passa despercebida. A carga sexual do Jovem é óbvia”.
Na entrada que dedica a Jon Fosse, o site do Prémio Nobel aponta, sobre VENTO FORTE, que “se torna evidente o uso sempre maior da imagética e do simbolismo”, aludindo ao emprego de uma linguagem lírica no contexto da escrita para teatro. Talvez por isso Fosse tenha ele próprio subtitulado a sua peça como Um poema cénico. Vento forte foi publicada em livro em 2021, e estreada no mesmo ano (a 4 de Setembro), no Teatro Nacional da Noruega. É pela primeira vez levada à cena no nosso País.